domingo, 17 de agosto de 2008

Madonna 50 Anos


Neste sábado (16/08), a Madonna fez aniversário: 50 anos de idade, sendo 25 deles no topo do Olimpo da cultura pop. Uma das primeiras músicas dela a fazer sucesso no Brasil foi Everybody, que era trilha da novela Final Feliz, em 1982. Mas eu só fui me ligar na blondie um ano depois, quando escutei Borderline pela primeira vez. Foi no extinto programa de clipes FM TV, da também extinta Rede Manchete. Só uma das apresentadoras do programa não se extinguiu. Pelo contrário, tá na novela das oito: a Patrícia Pillar. Ela, o Tim Rescala (morreu?) e mais um cara que não lembro o nome eram os VJs (esse termo ainda não existia) e mostravam diariamente, durante uma hora, as mais sensacionais e eletrizantes novidades chamadas videoclipes.
Há quem diga que a Madonna soube aproveitar como ninguém esse recurso visual, tornando-se desde então a "dona" do mundo pop. Outros embalaram bem nos clipes e depois sumiram do mapa, como Cindy Lauper, The Culture Club e até o Michael Jackson.

Eu confesso que assistia esses programas só para esperar os videos dela, que eram os mais legais: Lucky Star, Material Girl, Borderline e, é claro, Like a Virgin - uma mistura patética de Veneza, leões, gôndolas e a guria com aquele figurino meia arrastão, lenços no cabelo à la Viúva Porcina e crucifixos pendentes. Um lu-xo!
Depois, contrariando todos os prognósticos de fracasso e ostracismo iminentes, os sucessos da diva (e os clipes) se sucederam um após o outro até hoje.

Pra mim, especialmente, Madonna não é só (boa) música pra pista de dança. É também sinônimo de referência em questão de gênero e comportamento transgressivo, sempre desafiando a expectativa que o Mundo Ocidental impõe às mulheres de 20, 30, 4o e agora 50 anos (mesmo a mulher do século XXI, produto controverso da revolução de costumes).
Em resumo, é meio século à frente do aqui e agora.


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