sábado, 31 de janeiro de 2009

Mundo velho sem porteira

Essa era a frase preferida de um dos personagens da trilogia O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo.
Serve bem para a hora em que a gente acha que sabe um pouquinho da vida e se surpreende descobrindo que não sabe é nada.
Vamos adiante que segue o baile.
Bom fim de semana!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Corrente

Numa brincadeira entre blogueiros, fui convocada pela Cris Fontinha a revelar seis coisas sobre "minha pessoa".
Depois tenho que repassar a missão a mais gente.
Aí vão:

1. Toco ao piano, sem olhar a partitura, umas cinco ou seis peças de Mozart e Tchaikowsky.
2. Já estive a bordo de um boing durante um pouso de emergência. Lembro de um comissário branco que nem vela, suando muito. Ele dizia para minha mãe: abrace suas filhas, pois pode acontecer o pior. Eu tinha 12 anos. Lembro também da gente rezando. O piloto pousou impecavelmente (no Galeão) e todos aplaudiram. Do lado de fora, muitas ambulâncias e caminhões de bombeiros, todos com sirenes ligadas. A Christiane Torloni estava no vôo. Ao contrário do meu pai e minha irmã, eu e minha mãe nunca nos recuperamos do trauma. A gente não deixou de viajar. Mas é jogo duro.
3. Sei parar rodeio, vacinar o gado e doseficar (dar remédio antivermes goela abaixo pelo canto da boca do bicho com um aparelho específico – a dosadeira). Com a outra mão tem que segurar as ventas. Com força.
4. Na terceira série, eu sabia cantar todas as músicas da Nika Costa. Não sabe quem é? Joga no Google.
5. Usei colete ortopédico dos 11 aos 13 anos para corrigir uma escoliose. De 40 graus, a curvatura da coluna foi reduzida à metade. Os médicos apontaram várias causas para o problema, entre elas formação congênita, hereditariedade e início precoce no ballet (aos quatro anos de idade).
6. Em Cancún peguei um português de 17 anos mais guapo que o Cristiano Ronaldo. Eu tinha 23.

Agora, para não quebrar a corrente, repasso o desafio ao PH, Luiz Carlos Erbes, Marcelo e Tríssia Ordovás.
Boa sorte!

Blogar é bom demais

A boa surpresa mais recente foi uma visita da colega Cristiane Fontinha, dos tempos de faculdade em Floripa.
Ela hoje é uma talentosa repórter fotográfica e forma uma linda família com o também jornalista Maurício Oliveira, mais o Lauro e a Lígia, duplinha que eu ainda quero conhecer.
O link da Cris já está aqui ao lado, junto com outros blogs amigos. Até porque ela me convocou para um desafio e tanto.
Aguardem próximo post.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Cursos de Comunicação

Preocupa-me o que ouço dos estagiários da minha equipe: para otimizar a logística e reduzir a oferta de horários (e, por tabela, professores, encargos, energia elétrica, etc), a universidade local unificou as turmas de Redação dos cursos de Comunicação (PP, RP e Jornal).
Hein?
Pois é. Difícil de engolir.
Quer dizer que um aluno de Jornalismo vai cursar a disciplina de Redação junto com o pessoal de Publicidade e vice-versa?!
Ou ainda: o profissional que no futuro vai redigir para propaganda cursa Redação junto com a turma de RP?!
E assim por diante...
Espero que a tal prática fique restrita às fases iniciais e aos tópicos de Gramática. Afinal, aprender a escrever correto TODOS precisam. Sem exceção.
Mas depois fica complicado.
Como separar o que é técnica jornalística do resto? Ou o que é texto publicitário?
Sim, hoje em dia é fundamental que todo o profissional de Comunicação tenha uma noção geral das demais áreas. Isso é muito importante, principalmente se você ocupar um cargo de coordenação.
O difícil é evitar que a meninada faça uma salada total durante a faculdade.
A solução para amenizar o problema?
Incentivar mais e mais a leitura.
Acadêmico habituado a ler com frequência e qualidade certamente será um profissional de Comunicação diferenciado no mercado.
Digo por experiência própria.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Como é azul o céu do meu Rio Grande


Momento ufanis total.

Já dizia Erico Verissimo que, mesmo com todas as andanças dele mundo afora, nunca encontrou céu tão azul como o do Rio Grande.
Hoje, cruzando a Praça Dante Alighieri, em Caxias, foi impossível não relembrar essa passagem e registrar a cena (ou seria a pintura?).
O dia está esplendoroso, embora a temperatura seja amena para o Verão.
Faz calor ao sol e é fresquinho à sombra. Hoje cedo, quando eu estava indo para a rádio, tinha um ventinho gelado soprando.
Este é o Verão mais frio de que tenho lembrança em Caxias.
Bom fim de semana!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O lenhador de Kentucky


Ontem, assistindo àquela apoteótica cerimônia com o Barack Obama diante do Memorial Lincoln, lembranças chegaram num flash e me vi de novo aos pés da imponete estátua do ex-lenhador que presidiu os EUA de 1861 a 1865.

Washington é uma cidade linda na parte, digamos, oficial (possui alguns dos maiores guetos negros da América, mas isso só quem visita descobre).

E desse cenário repleto de parques, monumentos, memoriais e praças, a memória mais forte que eu registrei é sem dúvida o Lincoln sentado em seu enorme trono de mármore. Mais que o Capitólio, mais que as cerejeiras floridas do Rio Potomac, mais que o cemitério militar de Arlington, mais que a Casa Branca.

Quando fui a Washington, eu tinha recém-terminado de ler O Amor é Eterno, de Irving Stone, que narra a trajetória de Lincoln e Mary Todd. Por isso, acho, gravei tão bem os detalhes do Teatro Ford, onde ele foi assassinado, e da casa em frente, para onde foi levado, ferido, e morreu. A cama está lá até hoje, na casa que virou museu. O teatro idem. A rua tem o calçamento original naquele trecho. Coisas de quem sabe preservar a história.

Voltando aos Obama, uma referência merecida à patroa do cara. Não é nem por ser primeira dama. Mas por ter as qualidades que os homens admiram numa mulher: classe, elegância, cultura e inteligência, não necessariamente nesta ordem.

Como diria aquela do "Gráubi":

- Não lhe farta o gramur!

Dá-lhe, Michelle.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Hora do mate


Muitas pessoas me perguntam se antes eu já era, tipo assim, ligada a essas "coisas de gaúcho".
Rá...
Só mesmo quem me conhece há muito tempo sabe que eu praticamente nasci no galpão (sem nunca perder a pose, hehe).
Tomar chimarrão, por exemplo, é um hábito que tenho desde criança. Foi a minha avó Lola quem me ensinou a fazer o primeiro mate. Era de leite. Não façam cara de nojo. Mate de leite (bem feitinho) é muito bom. Hoje em dia acho que nem existe mais. Pelo menos nunca mais vi, nem fiz ou tomei. Mate de leite era um jeito gostoso e simpático de apresentar o saudável hábito às crianças. Comigo funcionou.
Ah, tem outros detalhes que cronologicamente viriam antes do chimarrão: meu avô, Zulmiro, era tropeiro. Levava tropas dos Campos de Cima da Serra a Porto Alegre em viagens que duravam dias e deviam ser verdadeiras aventuras...
Como era praxe em crianças de origem campeira, meu umbigo foi enterrado num rodeio (att. rodeio, além da famosa festa tradicionalista, é o local onde o gado se reúne no meio do campo para comer sal no cocho. Cocho, por sua vez, é um recipiente rústico de madeira que funciona como comedouro para o gado, mas isso é outra história). Naquele tempo, os campos ainda não tinham sido divididos entre os herdeiros do meu avô. Nem saberia dizer em que invernada meu umbiguinho foi enterrado. Diz a tradição que este costume serve para fortalecer os vínculos da criança com a terra, como uma raiz. Funcionou comigo também .
E a coisa segue. Na segunda série do Carmo, fui eleita Mais Bela Prenda da turma.
No segundo grau, agitei o CTG do colégio.
Em 1986, agitei o Rodeio de Vacaria pela primeira vez.
Em 1996, fui assessora de imprensa do Rodeio.
E por aí vai...

Ano novo...

Hoje o blog está voltando à ativa, para alegria dos milhares e milhares de leitores.
Feliz 2009!