sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Os bolivarianos pululam

Recebi este "manifesto" por e-mail hoje, de uma colega jornalista (e xará), a Alexandra De Nicola, que conheci quando ela prestava consultoria em comunicação a um projeto do governo federal.

Intelectuais lançam manifesto de repúdio à Folha

Um grupo de intelectuais lançou, neste sábado (21), um abaixo-assinado na internet (ipetitions) em repúdio à Folha de S.Paulo. O manifesto protesta contra um editorial publicado quatro dias antes pelo jornal, que fez tábula rasa das atrocidades da ditadura militar (1964-1985) e classificou o período como "ditabranda".
Veja o manifesto:

REPÚDIO E SOLIDARIEDADE
Ante a viva lembrança da dura e permanente violência desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repúdio a arbitrária e inverídica revisão histórica contida no editorial da Folha de S.Paulo do dia 17 de fevereiro de 2009. Ao denominar ditabranda o regime político vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do pais. Perseguições, prisões iníquas, torturas, assassinatos, suicídios forjados e execuções sumárias foram crimes corriqueiramente praticados pela ditadura militar no período mais longo e sombrio da história polí­tica brasileira. O estelionato semântico manifesto pelo neologismo ditabranda e, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pos-1964.
Repudiamos, de forma igualmente firme e contundente, a Nota de redação, publicada pelo jornal em 20 de fevereiro (p. 3) em resposta as cartas enviadas a Painel do Leitor pelos professores Maria Victória de Mesquita Benevides e Fabio Konder Comparato. Sem razões ou argumentos, a Folha de S.Paulo perpetrou ataques ignominiosos, arbitrários e irresponsáveis a atuação desses dois combativos acadêmicos e intelectuais brasileiros. Assim, vimos manifestar-lhes nosso irrestrito apoio e solidariedade ante as insólitas críticas pessoais e políticas contidas na infamante nota da direção editorial do jornal.
Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro.
Assinam:
Antonio Candido, professor aposentado da USP Margarida Genevois. Fundadora da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos Goffredo da Silva Telles Júnior, professor emérito da USP Maria Eugenia Raposo da Silva Telles, advogada Andréia Galvão, professora da Unifesp Antonio Carlos Mazzeo, professor da Unesp Augusto Buonicore, doutorando da Unicamp Caio N. de Toledo, professor da Unicamp Cláudio Batalha, professor da Unicamp Eleonora Albano, professora do IEL, Unicamp Emir Sader, professor da USP Fernando Ponte de Souza, professor da UFSC Heloisa Fernandes, socióloga Ivana Jinkings, editora Marcos Silva professor titular da USP, Sérgio Silva, professor da Unicamp Patricia Vieira Tropia, Universidade Federal de Uberlandia Paulo Silveira, sociólogo
Para assinar o manifesto, clique aqui.

SAIBA MAIS:
A Ditadura segundo a Folha de S. Paulo

beijos,
Alexandra (que não sou eu, tá?!)

(agora sou eu )
Pesquisei um pouco e vi que tudo isso foi pq a Folha teria "desqualificado o governo do Hugo Chaves".
Ai, ai (suspiro)...
Tudo bem que - mesmo sendo bebezinho na época - eu também acredito que a tal dita não era assim tão branda. Mas daí a tomar as dores pq desceram lenha nos bolivarianos...
Rá.
Esperem minha adesão bem sentados.

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