Pode soar monstruoso, mas admito que a doença da ministra Dilma Rousseff - e a forma como foi anunciada - pode impulsionar a candidatura dela à Presidência.
Ontem, assisti à coletiva no Hospital Sírio-Libanês com olhar de jornalista - não poderia ser diferente.
Foi muito bem organizada, além de estrategicamente agendada para um sábado (quando geralmente as pautas são mais fracas). A médica oncologista respondeu afinadíssima às perguntas da reportaiada, ao lado da "paciente" bem maquiada, penteada e vestida com a indefectível cor vermelha.
Exatamente como devem ter arquitetado os marqueteiros, tem tudo para grudar com a imagem de mulher guerreira, batalhadora, corajosa, vencedora, etc etc etc - uma paródia feminina do "guerreiro, batalhador, retirante, líder sindical, perseguido da ditadura", etc etc etc - aquela criatura que está lá em Brasília.
Uma semana atrás, eu li duas entrevistas da Dilma em revistas, digamos, frufrus (Cláudia e Marie Claire). Em ambas achei que a ministra perdeu excelentes oportunidades de mostrar algum conteúdo mais consistente. Essa historinha de ex-guerrilheira, vamos combinar...
Isso me lembra alguns "professores" que tive na UFSC, para quem a maior façanha do currículo era ter levado sova no pau-de-arara. Aposto que nem apanharam, só contavam para fazer média com a "cumpanherada".
Que fique claro aqui que doença não se deseja pra ninguém, bien sûr.
Espero sinceramente que a dona Dilma faça o tratamento e fique curada.
Mas torço também para que isso não seja usado como vitamina para espichar a permanência dessa tchurminha.
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2 comentários:
Postagem muito apropriada.
O que será que o futuro nos aguarda?
Bj
Na mosca, Alexandra!!! Também tenho a mesma impressão.
bjs
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